quarta-feira, 24 de março de 2010

“A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante”

Fazia muito tempo que eu não pegava um ônibus para ir a bairros daqui de Petrolina. Como minha faculdade é em Juazeiro e minha casa fica perto de tudo, tinha deixado de utilizar esse transporte.
Sábado passado (20.03.10) precisei ir à casa de minha tia, que fica em um bairro distante do meu. Tudo bem que meu avô foi me deixar lá, mas na volta peguei o “busão”. Simplesmente quando subo no ônibus, vi aquele aviso lindo “Tarifa: 2,10”, e pensei “já aumentou? Praticamente o mesmo preço da tarifa do ônibus de Juazeiro”. Fiquei curiosa, então perguntei ao cobrador quem determinava o preço da tarifa, ele me disse que era o sindicato dos transportes coletivos, onde os donos de cada empresa se reuniam e decidiam o preço da tarifa. Agradeci, sentei e fiquei viajando nos meus pensamentos (como sempre).
Como da casa de minha tia para a minha casa é praticamente uma hora de viagem dentro do ônibus, tive tempo suficiente para questionar “onde estão os estudantes dessa cidade?” e lembrar que, quando eu estava no colegial e a tarifa aumentava , os estudantes se reuniam e protestavam em busca de seus direitos. Ta, mas cadê o povo? Sério, acho um absurdo à tarifa está de 2,10 e todo mundo ficar calado. Maior absurdo, ainda, é você andar praticamente 2 km para chegar à universidade, porque o ônibus não para lá. Tudo bem que isso só acontece na UNEB (mas é uma outra história que contarei depois).
Segundo meu avô, “os estudantes de hoje são acomodados, se conformam com pouco”. Concordo que foi pesado o que ele falou, só que é a verdade, tem muito tempo que não vejo estudantes reivindicando, por causa da tarifa, nessa cidade. E o pior é que todo mundo nota. Certo professor (não posso citar nomes), disse que “o único movimento feito pelos estudantes, de Petrolina, é o sobe e desce do ônibus” (risos). Não querendo concordar, mas estamos calados.
Cadê a galera? Todo mundo ficou rico e está andando de carro? Acredito que não! Gente, vamos deixar de sermos egoístas e correr atrás do bem estar de todos, vamos juntar aquela “muvuca” e fazer um protesto. Temos o poder em nossas mãos e não fazemos nada.

terça-feira, 23 de março de 2010

“Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter”


Acredito que todo mundo senta em um vaso sanitário antes de tomar um banho, e que, as vezes, em uma dessas sentadas pensa na vida. Bom, isso é uma verdade inconveniente, mas foi desse modo que viajei em pensamentos sobre o que escolhemos, buscamos, sonhamos e o que somos.
Sempre assisti a muitos filmes e sempre adorei fazer isso, e como muitas pessoas sonhei com as aventuras maravilhosas que esse universo mostrava. Então com doze anos comecei a pensar o que seria quando ficasse mais velha, e nesses pensamentos resolvi ser arqueóloga. O motivo? Bem, gostava de história e, o pior, gostava de histórias de civilizações antigas. Daí, disse que seria arqueóloga, mas ao passar dos anos vi que não era para mim.
Com quinze anos, quando entrei no primeiro ano do ensino médio, vi uma realidade totalmente diferente e comecei a ser preparada para – aquela prova chata – o vestibular (risos). A partir desse momento, pensei com seriedade sobre meu futuro, sobre minha profissão, e então resolvi fazer medicina ou jornalismo, duas áreas totalmente diferentes. Escolhi jornalismo, o porquê? Assim, já adorava filmes e gostava muito de música, fora outras coisas, então resolvi juntar tudo e fazer jornalismo. Nesse mesmo período, sonhei com a faculdade, sonhei com meus dezoito anos, com meus vinte, e na minha cabeça, eu teria uma aparência de mulher, seria decidida, estaria com minha habilitação, com um emprego, faria faculdade, viajaria e teria um namorado maravilhoso. Mas, “a vida é uma caixinha de surpresas” (risos).
Busquei tudo isso, e me revoltei quando não passei no vestibular de primeira, lembro que praticamente me destruiu, e é porque nem era o curso que eu desejava. Em jornalismo, tinha ficado no remanejamento. Decidi estudar e não esperar para ser chamada, então um ano de cursinho, que não foi o melhor ano de minha vida, mas, também, não foi o pior. Prestei vestibular de novo e passei.
Hoje, ainda não sei se minha escolha foi certa, porém até agora estou amando ela. E de tudo o que sonhei há cinco anos atrás, só a faculdade e a habilitação consegui, o emprego ta quase, as viagens acredito que vou fazer mais, ter uma aparência de mulher está um pouco difícil, já que dizem que tenho cara de guria (risos), e o namorado, aí é que está difícil mesmo (gargalhadas). Mas tudo o que escolhi, tudo o que vivi, o que busquei e o que sonhei, me proporcionou mais do que ser o que sou - nessas duas décadas -, me proporcionou amigos, companheiros, conhecimento. Me fez viver e nunca deixar de sonhar.

sábado, 13 de março de 2010

Primeiro Contato

Para falar a verdade, não sei o motivo de criar esse blog, já tive outros de diversos temas e, alguns, antes mesmo de postar eu excluía (kkk). Cômico, só que é a verdade. Isso me faz lembrar um terrível defeito meu, começar as coisas e nunca terminar (pode rir, eu deixo). Defeito que luto, hoje, para superá-lo.
Francamente, algo me diz que esse blog vai ser diferente, que não vou abandoná-lo, muito menos excluí-lo, como fiz com os outros. O por quê? Bom, ainda não sei, mas te aviso quando descobrir!