terça-feira, 23 de março de 2010

“Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter”


Acredito que todo mundo senta em um vaso sanitário antes de tomar um banho, e que, as vezes, em uma dessas sentadas pensa na vida. Bom, isso é uma verdade inconveniente, mas foi desse modo que viajei em pensamentos sobre o que escolhemos, buscamos, sonhamos e o que somos.
Sempre assisti a muitos filmes e sempre adorei fazer isso, e como muitas pessoas sonhei com as aventuras maravilhosas que esse universo mostrava. Então com doze anos comecei a pensar o que seria quando ficasse mais velha, e nesses pensamentos resolvi ser arqueóloga. O motivo? Bem, gostava de história e, o pior, gostava de histórias de civilizações antigas. Daí, disse que seria arqueóloga, mas ao passar dos anos vi que não era para mim.
Com quinze anos, quando entrei no primeiro ano do ensino médio, vi uma realidade totalmente diferente e comecei a ser preparada para – aquela prova chata – o vestibular (risos). A partir desse momento, pensei com seriedade sobre meu futuro, sobre minha profissão, e então resolvi fazer medicina ou jornalismo, duas áreas totalmente diferentes. Escolhi jornalismo, o porquê? Assim, já adorava filmes e gostava muito de música, fora outras coisas, então resolvi juntar tudo e fazer jornalismo. Nesse mesmo período, sonhei com a faculdade, sonhei com meus dezoito anos, com meus vinte, e na minha cabeça, eu teria uma aparência de mulher, seria decidida, estaria com minha habilitação, com um emprego, faria faculdade, viajaria e teria um namorado maravilhoso. Mas, “a vida é uma caixinha de surpresas” (risos).
Busquei tudo isso, e me revoltei quando não passei no vestibular de primeira, lembro que praticamente me destruiu, e é porque nem era o curso que eu desejava. Em jornalismo, tinha ficado no remanejamento. Decidi estudar e não esperar para ser chamada, então um ano de cursinho, que não foi o melhor ano de minha vida, mas, também, não foi o pior. Prestei vestibular de novo e passei.
Hoje, ainda não sei se minha escolha foi certa, porém até agora estou amando ela. E de tudo o que sonhei há cinco anos atrás, só a faculdade e a habilitação consegui, o emprego ta quase, as viagens acredito que vou fazer mais, ter uma aparência de mulher está um pouco difícil, já que dizem que tenho cara de guria (risos), e o namorado, aí é que está difícil mesmo (gargalhadas). Mas tudo o que escolhi, tudo o que vivi, o que busquei e o que sonhei, me proporcionou mais do que ser o que sou - nessas duas décadas -, me proporcionou amigos, companheiros, conhecimento. Me fez viver e nunca deixar de sonhar.

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